Viva o Egito!

Depois da Era dos Faraós, o Egito foi tomado por outros povos, e mais tarde dominado por países europeus, tendo passado um tempo como protetorado inglês.  Após esse período sob domínio da Inglaterra, iniciou-se o período de monarquia, onde o Rei Faud I foi deposto em 1953 pelo exército. O país passou a ser oficialmente então uma república comandada por militares. Em 1981, Hosni Mubarak chega a presidência, e só após 24 anos de Mubarak no poder, o Egito tem suas primeiras eleições diretas, onde Mubarak é reeleito. No final do ano passado, depois de suspeitas de fraude nas eleições parlamentares (que favoreciam o governo claro), os protestos começaram. No começo do ano, um ataque terrorista em uma igreja, matou 21 pessoas, e as tensões religiosas se reacenderam, no final do mês, a oposição se uniu pela primeira vez, e após muitos protestos contra o governo, Mubarak decreta o toque de recolher e o exército vai para as ruas. No dia 1º de fevereiro, os manifestantes convocam greve geral e reúnem quase 1 milhão de pessoas no Cairo, no mesmo dia Mubarak diz que não concorrerá a reeleição. Depois de protestos intensos que duraram mais de 18 dias e deixaram mais de 5 mil feridos e 300 mortos, o presidente do Egito renuncia o cargo.

Mubarak entregou o poder ao exército, que prometeu respeitar os tratados internacionais e os atuais ministros garantiram seguir nos cargos até as próximas eleições (em setembro), o exército prometeu uma transição pacífica e eleições justas e livres.  A população está comemorando até agora nas ruas. O clima é de festa. Também pudera, uma revolta popular conseguir tais mudanças políticas, é realmente algo a se comemorar, e muito. Um exemplo a ser seguido. 

Parabéns ao Egito, aos manifestantes, ao povo que se uniu e foi as ruas atrás do que julgava ser o melhor para seu país. Lutaram muito, e agora vão ter um direito que nós já temos a tempos, mas não usamos com inteligência, o de eleger diretamente seus representantes. 

Mas mesmo assim fica a dica aos nossos governantes, se eles conseguiram fazer isso com um governo militar, o que a gente não pode fazer com vocês?

Por: Rodrigo Oliveira